EFICIÊNCIA DE POLEIROS ARTIFICIAIS NO APORTE DE SEMENTES ZOOCÓRICAS EM UMA ÁREA URBANA NA AMAZÔNIA SUL-OCIDENTAL BRASILEIRA

O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficiência de poleiros artificiais no aporte de sementes e verificar a influência da pluviosidade sobre a dispersão de material botânico nessas estruturas artificiais em uma área urbana na Amazônia. Realizamos o estudo no campus da Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, onde instalamos quatro poleiros artificiais e suas respectivas caixas coletoras de sementes em áreas abertas, no período de janeiro a dezembro de 2016. Após 12 meses, coletamos 41.479 sementes nos poleiros artificiais e suas respectivas caixas coletoras. Em relação as estações climáticas, no período de chuva (janeiro a maio/outubro a dezembro de 2016) coletamos 36.622 sementes e no período de seca (junho a setembro de 2016) coletamos 4.857 sementes. A abundância de sementes em relação à pluviosidade apresentou valor significativo (T = 2,42; P = 0,02) e correlação positiva (R = 0,61; P = 0,9). Coletamos 53 táxons botânicos pertencentes à 25 famílias. Os maiores números de sementes coletadas sob os poleiros artificiais pertencem aos gêneros: Guatteria sp. (16.410 sementes), Davilla sp. (6.318), Galipea sp. (5.970) e Geonoma sp. (3.752). Por tanto, a utilização de poleiros artificiais é uma técnica eficiente e que pode ser aplicada para auxiliar na regeneração de ambientes degradados através da dispersão de sementes por aves, e influência positiva da pluviosidade em relação a abundância de táxons botânicos dispersos nas caixas coletoras de sementes durante a estação chuvosa na região.