EFEITOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NO PROCESSO DE IMUNOSSENESCÊNCIA: UMA REVISÃO NARRATIVA

A imunossenescência pressupõe mudanças no sistema imunológico inato e adaptativo, favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas inflamatórias como aterosclerose, obesidade, diabetes e doenças neurodegenerativas. A atividade física regular pode induzir uma série de alterações nos marcadores da senescência imunológica, melhorando seu desempenho, contribuindo positivamente na remodelação do sistema imune. Desta forma, por meio da seleção de estudos, esta revisão narrativa aborda sobre os efeitos da prática de atividade física no processo de imunossenescência. Essa prática promove um efeito de proteção a doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a processos inflamatórios, a constância de sua realização tem se revelado uma intervenção segura e eficaz na redução da imunossenescência ao longo da vida. Atividades físicas regulares desencadeiam múltiplos processos capazes de gerar alterações imunológicas benéficas ao organismo, sobretudo impactos em células T e associações com o nível de citocinas. Os efeitos e alterações nos marcadores podem ser modulados de acordo com a duração do exercício físico, intensidade e a idade do praticante, reverberando diretamente no sistema imunológico tanto em compensações a respostas adaptativas, quanto em processos crônicos inflamatórios, promovendo assim um ambiente anti-inflamatório, reduzindo o risco do desenvolvimento de patologias relacionadas ao envelhecimento.