EFEITO DA TEMPERATURA E MEJA NA MASSA FRESCA E EXTRAVASAMENTO DE ELETRÓLITOS DE FLORESDE CORTE DE AVE DO PARAÍSO

Em espécies sensíveis ao frio, como a Ave do Paraíso, a exposição a baixas temperaturas ocasiona danos celulares, que podem ser quantificados pelo extravasamento de eletrólitos. Esses danos levam a depreciação da qualidade das pétalas e sépalas que juntamente com a massa fresca das flores constituem os principais parâmetros de qualidade para o mercado. Diante disso, objetivou-se com este estudo determinar o efeito da temperatura de armazenamento e da aplicação de MeJA no extravasamento de eletrólitos e massa fresca de flores de corte de Ave do Paraíso. As hastes florais foram pulverizadas com soluções de 100, 250 e 400 µmol L-1 de MeJA e controle, sem MeJA. Posteriormente, foram transferidas para recipientes contendo água e armazenadas nas temperaturas de 5, 10 e 22 ºC por 7 dias. A exposição das flores a 5 e 10 °C não causou o extravasamento de eletrólitos e promoveu maior massa fresca. A 22 °C, as doses de 100 e 250 µmol L-1 de MeJA aumentaram o extravasamento de eletrólitos e o aumento da dosagem de MeJA promoveu maior massa fresca. Conclui-se que as flores de corte de Ave do Paraíso podem ser armazenadas a 5 °C por 7 dias e que a aplicação de MeJA é indicado para aumentar a massa fresca apenas em temperaturas mais elevadas.