EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA A QUALIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM COM O USO DE TERMINOLOGIA PADRONIZADA DE ENFERMAGEM

A Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, tendo como premissas, a organização, o planejamento, a execução e a avaliação do Processo de Enfermagem, garantindo a integralidade do cuidado, dando protagonismo ao enfermeiro. Objetivo: Descrever a implantação de um programa de educação permanente para aprimoramento do raciocínio clínico e utilização de linguagem padronizada na execução do processo de Enfermagem pelos enfermeiros. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, realizada com o grupo de 132 enfermeiros, de um hospital da serra gaúcha. Resultados: Os participantes da experiência foram divididos em 7 grupos. As temáticas concentraram-se em temas norteados pelas necessidades humanas básicas e os sistemas corporais, aplicadas através de diferentes técnicas educativas, baseadas em relatos reais de atendimento, para discussão em pequenos grupos e com o grande grupo. Em todas as atividades utilizava-se, para análise dos dados, a linguagem padronizada NANDA-I, NOC e NIC. Observou-se a integração dos enfermeiros que apresentavam as mesmas dificuldades ou facilidades no raciocínio clínico para o diagnóstico, bem como na determinação de resultados e intervenções adequados, fomentou o aprimoramento e a aproximação desse grupo junto às suas equipes, coordenações e serviços de apoio. As dificuldades ficaram por conta da necessidade de mudança para o uso de uma linguagem padronizada, que para muitos profissionais torna-se um desafio que gera resistência e criação de obstáculos. Porém, evidenciou-se sinais importantes de mudança do pensamento dicotomizado em relação à prática e à utilização da linguagem padronizada. Conclusão: Os resultados desse programa de educação permanente, tem demonstrado a viabilidade da execução do processo de enfermagem baseado em uma linguagem padronizada, reforçando a qualidade na assistência e respondendo não somente à dispositivos legais, mas também às necessidades de reconhecimento profissional e protagonismo do enfermeiro no cuidado.