DISPOSITIVO DE ASSISTÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A insuficiência cardíaca em estágio avançado representa uma condição clínica de elevada morbimortalidade, caracterizada pela falência progressiva do miocárdio e refratariedade ao tratamento farmacológico otimizado. Frente à escassez de órgãos para transplante cardíaco e à complexidade do manejo clínico, os Dispositivos de Assistência Ventricular Esquerda surgem como uma modalidade terapêutica avançada, proporcionando suporte hemodinâmico prolongado. A tecnologia do dispositivo pode ser empregada como ponte para transplante, terapia de destino ou ponte para recuperação da função ventricular, dependendo da indicação clínica individual. Nesse cenário, o papel da enfermagem é fundamental e se estende desde a fase pré-implantação até o seguimento ambulatorial, exigindo competências específicas para o cuidado integral e seguro ao paciente. Os cuidados de enfermagem envolvem a monitorização hemodinâmica, prevenção de complicações infecciosas e tromboembólicas, manejo adequado do sítio de saída do cabo percutâneo, identificação precoce de sinais de mau funcionamento do dispositivo e suporte educacional para o autocuidado. A atuação do enfermeiro deve ser pautada na vigilância clínica, no domínio técnico-científico e na comunicação efetiva com a equipe multiprofissional com o paciente e sua família. A inserção da enfermagem nesse contexto tecnológico demanda qualificação permanente, protocolos baseados em evidências e sensibilidade para os aspectos psicossociais envolvidos no cuidado ao portador de DAVE. Assim, a enfermagem contribui decisivamente para a adesão à te