DISFUNÇÃO NEUROBIOLÓGICA OU DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: DO QUE ESTAMOS FALANDO?

Apesar de alguns avanços e aprimoramentos na área da educação, acerca de metodologias, conteúdos e práticas, ainda é possível perceber o desconhecimento das várias diferenças existentes entre algumas dificuldades de aprendizagem e como (e porque) elas ocorrem. Esta desinformação, em muitos casos, conduzem o aluno à uma metodologia diferente e inadequada, o que lhe poderá lhe causar consequências desagradáveis ao seu aprendizado. Também se percebe que nas formações acadêmicas, a carga horária da disciplina que tratará a respeito do assunto é ínfima, para um conteúdo tão relevante, complexo e robusto. A diversidade de alunos obriga o professor a estar em constante aprimoramento e atualização de suas informações, no entanto, tal profissional também esbarra em alguns problemas de gestão escolar (falta de oferta em cursos de capacitação, aperfeiçoamento, especialização, carga horária exaustiva, número desproporcional de alunos por turma, currículos por vezes desatualizado, livros com edições antigas). Por conta desse desconhecimento acadêmico, alunos com deficiência intelectual são atendidos de maneira incorreta como se tivessem uma disfunção neurobiológica, e vice-versa.