DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS, GRADIENTE TÉRMICO E ÍNDICE DE TOLERÂNCIA AO CALOR EM DIFERENTES RAÇAS DE CAPRINOS
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS, GRADIENTE TÉRMICO E ÍNDICE DE TOLERÂNCIA AO CALOR EM DIFERENTES RAÇAS DE CAPRINOS
Luís Fernando Dias Medeiros
Victor Cruz Rodrigues
Debora Helena Vieira
Sabrina Luzia Grégio de Souza
Otávio Cabral Neto
Carlos Augusto de Oliveira
Liliam de Almeida da Silva
Natália de Figueiredo
Stephanie Favato de Azevedo
01/07/2021
14-32
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Objetivou-se com este estudo avaliar o comportamento de diferentes raças exóticas de caprinos mediante respostas fisiológicas da tempe¬ratura retal (TR) e superficial (TS), frequência res¬piratória (FR) e cardíaca (FC), do gradiente térmico entre temperatura retal e a superficial (TR-TS), da temperatura superficial e temperatura ambiente (TS-TA) e do índice de tolerância ao calor (ITC) de Baccari Júnior, sob as condições de clima quente e úmido da Baixada Fluminense, Região Sudeste do Brasil. Foram utilizadas 48 cabras adultas, sendo 12 animais de cada raça: Saanen, Parda Alpina (tronco europeu), Anglo-nubiana e Boer (tronco africano), manejadas em regime intensivo. Houve diferen¬ça na TR, TS, FR e FC entre as raças, pela manhã (P<0,05) e à tarde (P<0,01). A TR, TS, FR e FC dos animais variaram significativamente (P<0,01), en¬tre o turno (manhã e tarde) e dias, dando uma in¬teração significativa (P<0,01) entre manhã e tarde e dias, como consequência de variações na tempe-ratura ambiente. Verificou-se que a TR, TS, FR e FC nas cabras Saanen (SA) e Parda Alpina (PA) fo¬ram mais elevadas (P<0,05) pela manhã e (P<0,01) à tarde em comparação à Anglo-nubiana (AN) e Boer (BO). Houve efeito significativo (P<0,05) en¬tre turno e raça para o gradiente térmico (TR-TS). As raças do tronco africano obtiveram as médias mais elevadas nos dois turnos em comparação às do tronco europeu. Houve diferença significativa (P<0,05) entre raças para o gradiente térmico (TS¬-TA). As raças do tronco africano obtiveram as mé-dias mais baixas nos dois turnos. Pela aplicação do ITC, cabras das raças AN e BO exibiram o ITC mais alto (9,63 e 9,65) e as das raças SA e PA os mais baixos (8,89 e 8,91), respectivamente. Os caprinos das raças AN e BO revelaram-se mais tolerantes ao calor do que a SA e PA pelo ITC. As raças de origens europeias revelaram-se mais sensíveis ao estresse térmico. Os africanos conseguiram manter temperatura corporal em níveis aceitáveis fisiolo¬gicamente. Assim, a utilização das raças AN e BO para incrementar a produtividade caprina em cli¬ma quente e úmido da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, pode ser aconselhada.
Ler mais...Conforto térmico, Estresse calórico, Gradiente térmico, Índice de tolerância ao calor, Parâmetros fisiológicos
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