DESSECAÇÃO DE ESPOROS DE UMA ESPÉCIE DE ISOËTES (LYCOPHYTA) ENDÊMICA DA AMAZÔNIA COMO ESTRATÉGIA PARA SUA CONSERVAÇÃO

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Título

DESSECAÇÃO DE ESPOROS DE UMA ESPÉCIE DE ISOËTES (LYCOPHYTA) ENDÊMICA DA AMAZÔNIA COMO ESTRATÉGIA PARA SUA CONSERVAÇÃO

Autor(a):
DOI
  • DOI
  • 10.37885/240717100
    Publicado em

    01/08/2024

    Páginas

    34-50

    Capítulo

    3

    Resumo

    Objetivo: A dessecação de estruturas germinativas tem se mostrado uma ferramenta promissora para a conservação de espécies vegetais, incluindo formas de vida aquáticas. Ao reduzir o metabolismo celular, a dessecação pode alterar o tempo de germinação e a viabilidade de esporos. Este trabalho objetivou avaliar a tolerância de esporos de Isoëtes cangae, uma licófita endêmica de um único lago de altitude amazônico, à dessecação após diferentes períodos e a sua influência na fecundidade dos esporos. Indivíduos de I. cangae coletados em seu habitat natural foram utilizados para obtenção de esporos. Esporos femininos (megásporos) e masculinos (micrósporos) foram submetidos a três condições de umidade: hidratados (controle); dessecados à umidade relativa do ar (D60); e dessecados em dessecador contendo sílica gel (D30). Os testes de fecundidade foram realizados após 30, 90, 180 e 365 dias de armazenamento dos esporos. Para cada período foram obtidos os percentuais de germinação (%G) e de geração de esporófitos (%E), o tempo mínimo para germinação (Tg) e valor de pico da emergência de esporófitos (VP). Os megásporos e micrósporos frescos de I. cangae apresentaram alta viabilidade inicial (G = 99%). Megásporos dessecados e hidratados apresentaram %G variável, atingindo valores acima de 40% após um ano de armazenamento, com exceção dos megásporos D60, que não germinaram após esse tempo. Megásporos e micrósporos dessecados não diferiram das amostras hidratadas quanto ao %E após 30, 90 e 180 dias. Após um ano o %E foi igual a 100% em todos os tratamentos, com exceção dos megásporos D60. Variações no Tg e VP também foram observadas para os diferentes tratamentos. Os resultados desse trabalho sugerem que a tolerância de megásporos e micrósporos à dessecação constitui uma das adaptações adquiridas durante a evolução do grupo. O grau de dessecação dos esporos e o tempo de armazenamento de esporos hidratados e dessecados podem afetar a sua viabilidade.

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    Palavras-chave

    endemismo; licófitas; viabilidade de esporos; tolerância

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