DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E ACESSO A CUIDADOS MATERNOS E NEONATAIS

As desigualdades socioeconômicas significativamente influenciam o acesso e a qualidade dos cuidados maternos e neonatais, impactando a saúde pública e afetando primordialmente populações vulneráveis. Este estudo revisa a literatura sobre os fatores multifatoriais que contribuem para tais desigualdades, incluindo aspectos individuais, organizacionais e sociais. Discute-se como a pobreza, a falta de educação, a escassez de serviços de saúde acessíveis e a marginalização exacerbam a privação de cuidados, elevando riscos de complicações como partos prematuros, baixo peso ao nascer e mortalidade infantil. A privação nos cuidados não só compromete a saúde física e mental de mães e neonatos, mas também afeta adversamente a qualidade de vida e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Com isso, é discutido estratégias baseadas em evidências para mitigar essas disparidades, enfatizando a importância de programas de saúde pública voltados para a educação perinatal, aprimoramento da infraestrutura de saúde e fortalecimento de políticas de apoio social e econômico. Avaliações periódicas das condições de saúde e dos recursos disponíveis são cruciais para a identificação de disparidades e a implementação de intervenções eficazes. Este capítulo destaca a necessidade de uma abordagem holística e inclusiva, adaptada às necessidades locais, para promover a saúde e o bem-estar de mães e bebês em situações de risco.