DEGRADAÇÃO DO CETOPROFENO EM MEIO AQUOSO POR FOTÓLISE DIRETA E PEROXIDAÇÃO FOTOASSISTIDA

Objetivo: Este trabalho teve como objetivo estudar a degradação do cetoprofeno por fotólise direta e peroxidação fotoassistida e avaliar a ecotoxicidade antes e depois da degradação por ambos os processos frente a Artemia salina. Métodos: o reator tubular utilizado nos experimentos era composto por um sistema de radiação formado por uma lâmpada UV de comprimento de onda de 254 nm, inserida concentricamente a um cilindro de titânio, com operação em batelada e recirculação da solução. O planejamento experimental 22 foi utilizado para avaliar as variáveis tempo e vazão na degradação do cetoprofeno. Para o teste toxicológico, foram realizados os ensaios frente à Artemias salinas. Resultados: O método de fotólise direta atingiu a máxima degradação de 30,72%, enquanto para o método de peroxidação fotoassitida obteve-se 73,07%. Os dois processos conseguiram suas máximas conversões nos limites superiores do planejamento experimental, no entanto, somente o tempo mostrou-se estatisticamente significativo no nível de confiança de 95%. As ecotoxicidades encontradas para as amostras iniciais do cetoprofeno são maiores que as amostras finais, após o tratamento, indicando que os produtos gerados na sua degradação são menos tóxicos que o próprio fármaco. Conclusão: degradou-se o cetoprofeno por processos oxidativos avançados, uma vez que apresentaram conversão do fármaco em todos os ensaios realizados. A aplicação do processo de fotólise direta apresentou conversões mais baixas nos experimentos estudados. O método de peroxidação fotoassistida apresentou os melhores percentuais de degradação, com conversões acima de 50% em todos os ensaios. Nos ensaios de toxicidade frente a Artemia salina constatou-se que as amostras de cetoprofeno apresentaram maior toxicidade quando comparado com as amostras que foram tratadas por POA.