DECOLONIALIDADE NA CIÊNCIA RECONSTRUINDO CONHECIMENTO PARA INCLUSÃO E PLURALISMO EPISTEMOLÓGICO: RECONSTRUINDO CONHECIMENTO PARA INCLUSÃO E PLURALISMO EPISTEMOLÓGICO

A decolonialidade na ciência é uma abordagem crítica que visa questionar e reestruturar as hierarquias de poder e conhecimento estabelecidas pelo colonialismo. Apesar de a ciência ser frequentemente percebida como neutra, ela é influenciada por contextos históricos, culturais e políticos que moldaram seu desenvolvimento. O conceito de decolonialidade propõe uma reavaliação dessas influências, desafiando narrativas dominantes e promovendo a inclusão de epistemologias marginalizadas. Esse movimento não se limita à crítica; busca a transformação das práticas científicas, tornando-as mais inclusivas e representativas da diversidade de experiências no mundo. Na educação científica, a decolonialidade problematiza as heranças coloniais que perpetuam sistemas de exclusão, como racismo, patriarcado e epistemicídio. O movimento valoriza a luta de comunidades marginalizadas, como indígenas e feministas do Sul Global, e procura integrar seus saberes e realidades ao campo científico. A implementação da decolonialidade requer uma reestruturação das instituições e currículos, promovendo a participação ativa de comunidades locais na produção de conhecimento. O colonialismo não apenas dominou territorialmente, mas também impôs um modelo de conhecimento eurocêntrico, deslegitimando saberes indígenas, africanos e asiáticos. Essa exclusão resultou em uma hierarquia epistemológica que marginalizou práticas valiosas, como a medicina tradicional. A decolonialidade emerge, assim, como uma resposta a essa imposição, restituindo formas de conhecimento subalternizadas e promovendo um diálogo horizontal entre saberes. Essa abordagem busca uma ciência mais justa e inclusiva, que reflita a complexidade do mundo contemporâneo, permitindo uma coexistência crítica de diferentes perspectivas e experiências