DECOLONIALIDADE E RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: RESISTÊNCIA, EPISTEMOLOGIAS E PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS



DECOLONIALIDADE E RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: RESISTÊNCIA, EPISTEMOLOGIAS E PRÁTICAS EMANCIPATÓRIAS
Emanoel José Schneider Neto
Flávio Aparecido de Almeida
Feiruque de Jesus dos Santos

30/12/2024
96-111
7
Este artigo investiga a relação entre a decolonialidade e as religiões afro-brasileiras, analisando como essas tradições espirituais se configuram como espaços de resistência cultural e epistemológica frente às estruturas coloniais. Sob a perspectiva das ciências da religião, a pesquisa aborda a trajetória histórica de marginalização dessas práticas no Brasil, evidenciando o impacto da colonialidade do saber e do ser na deslegitimação dos saberes e subjetividades negras. Destacam-se as contribuições dessas religiões para a justiça epistêmica, ao resgatar cosmologias ancestrais e oferecer alternativas às epistemologias hegemônicas, bem como para a reafirmação de identidades negras e periféricas em uma sociedade marcada pelo racismo estrutural. Os resultados apontam que os terreiros funcionam como espaços de acolhimento e empoderamento, ressignificando o lugar da espiritualidade na sociedade e descolonizando imaginários sociais por meio de rituais e celebrações públicas. No entanto, essas religiões enfrentam desafios contemporâneos, como a intolerância religiosa, que continuam a reproduzir dinâmicas de opressão colonial. A pesquisa conclui que as religiões afro-brasileiras transcendem o campo espiritual, atuando como práticas políticas e epistemológicas que reimaginam e reafirmam identidades e subjetividades marginalizadas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais plural e inclusiva.
Ler mais...Decolonialidade; Religiões Afro-brasileiras; Ciências da Religião
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional .
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.