CONTROLE DE QUALIDADE EM AMOSTRAS COMERCIAIS DE HIBISCUS SABDARIFFA L. ADQUIRIDA EM ERVANARIAS.



CONTROLE DE QUALIDADE EM AMOSTRAS COMERCIAIS DE HIBISCUS SABDARIFFA L. ADQUIRIDA EM ERVANARIAS.
Amanda Valente de Souza Pinheiro
Christian Neri Lameira
Karina Pantoja Vinente
Odilson Moraes Pinheiro NETO
Thiago Cruz Pereira

28/02/2025
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Os protocolos de controle de qualidade adotados pela Anvisa são de extrema importância para garantir a qualidade dos produtos comercializados no Brasil. Dentre os inúmeros espaços de comercialização em Belém do Pará, destaca-se o mercado do Ver o Peso que conta com uma diversidade de venda de produtos naturais, dentre os quais, a flor de Hibiscus sabdariffa L., espécie amplamente utilizada no controle da obesidade, tratamento gastrointestinal, doenças cardiovasculares, dentre outros1. Realizar o controle de qualidade da flor de hibisco comercializada em ervanarias do complexo do Ver o Peso, bem como analisar o percentual de material estranho presente e verificar se nas embalagens contém as informações obrigatórias previstas na legislação2. Foram analisadas as embalagens das duas amostras de flor de hibisco, adquiridas em dois estabelecimentos diferentes, aqui chamados de “X” e “Y”, e a qualidade da flor de hibisco, onde foram adquiridos 38g em um estabelecimento e 60,31g em outro, respectivamente. Após a aquisição, as amostras foram levadas para análise no laboratório de farmacognesia do Centro Universitário Fibra, para pesagem e separação de possíveis materiais estranhos. Na análise da embalagem foi identificada uma grande precariedade de informações acerca do produto nos dois estabelecimentos. Para a pesagem foi utilizada uma balança analítica e foi identificado que na amostra do estabelecimento “X”, houve fraude no peso, pois ao pesar, o peso foi de 37,30g, sendo que foi adquirido 38g. Além disso, as informações na rotulagem que deveriam estar presentes, tais como a forma de utilização, posologia, número de lote, partes da planta utilizadas, nome do farmacêutico e CRF estavam ausentes na embalagem. Após a separação dos materiais estranhos, verificou-se que nas duas amostras possuíam porcentagens de materiais estranhos acima do permitido pela legislação vigente, que é de 2%, dentre os materiais estranhos encontraram-se pedras, caule, receptáculo, fungos e sementes. Na amostra “X”, foram encontrados 3,99% de material estranho, já na amostra “Y”, foram encontrados 3,25% de material estranho. Sendo assim, devido ao alto percentual de material estranho nas amostras, caracteriza-se uma adulteração de material que pode colocar em risco a população, bem como lesar economicamente o consumidor, por comercializar um material com uma quantidade de impurezas acima do limite. Deste modo, é imprescindível reforçar a fiscalização para que este problema seja minimizado, de forma que garanta para a população um acesso mais seguro às plantas medicinais comercializadas nestes estabelecimentos comerciais.
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PLANTAS MEDICINAIS: SABEDORIA TRADICIONAL E CIÊNCIA MODERNA - VOL.2
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