COMERCIALIZAÇÃO E DIVERSIDADE DE PEIXES EM FEIRAS DA CIDADE DE PARINTINS, ESTADO DO AMAZONAS, ENTRE OS ANOS DE 2021 E 2022

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Título

COMERCIALIZAÇÃO E DIVERSIDADE DE PEIXES EM FEIRAS DA CIDADE DE PARINTINS, ESTADO DO AMAZONAS, ENTRE OS ANOS DE 2021 E 2022

Autores:
  • Adailton Moreira Da Silva

  • Frank Seixas Lima

  • Graycilene Souza De Souza

  • Jéssica Vasconcelos Da Silva

DOI
  • DOI
  • 10.37885/240717012
    Publicado em

    28/08/2024

    Páginas

    161-181

    Capítulo

    9

    Resumo

    A Amazônia possui a maior bacia hidrográfica do mundo, abrigando a maior diversidade de peixes que reflete na vida dos ribeirinhos através do consumo do pescado. Este estudo objetiva descrever a comercialização e a diversidade de peixes em feiras da cidade de Parintins, estado do Amazonas. O levantamento de dados se deu através de visitas mensais, entre agosto de 2021 a julho de 2022, observação in loco, aplicação de questionários (n=20), registro fotográfico e obtenção de exemplares para identificação taxonômica em três feiras da cidade: “Feira Nova Conquista”, bairro Paulo Corrêa, gerida por uma associação de feirantes; “Feira Chicão Garcia”, orla do bairro da União, pública gerida pela prefeitura municipal; e “Feira do Bagaço”, bairro da Francesa, gerenciada por uma associação. Foram solicitadas autorização e assinatura de um TCLE. Estas estão em locais de grande fluxo de pessoas, próximas a portos de desembarques pesqueiros, em bairros populosos periféricos e possuem boxes destinados ao pescado e hortifrútis. Os feirantes são do sexo masculino, média de idade de 39,8 anos, média de tempo de profissão de 14,7 anos, advindos do interior, vindo para a cidade em busca de melhores condições, possuem ensino fundamental incompleto, não têm formação formal na área específica de suas atividades e se intitulam “peixeiros”. Apesar da relevância deste comércio como fonte de renda, esta atividade precisa de incentivos, educação das práticas de boa manipulação do pescado e da interferência do poder público para garantir que os peixeiros possam trabalhar e oferecer produtos de boa qualidade. Há uma grande diversidade de peixes comercializadas, com 56 espécies representando cinco ordens: Characiformes (21 espécies; 6 famílias), Siluriformes (18 espécies; 5 famílias), Perciformes (14 espécies; 2 famílias), Osteoglossiformes (2 espécies; 2 famílias) e Clupeiformes (1 espécie; 1 família). Esta diversidade é influenciada pelos períodos sazonais da subida e descida dos rios conforme o grupo taxonômico e que coincidem com as migrações de reprodução e alimentação que as espécies realizam, já que na enchente/cheia o peixe fica escasso devido à difícil captura, enquanto que na vazante/seca ficam mais abundantes por se concentrarem nos canais e lagos. Os resultados deste trabalho são inéditos e podem ser referências para manejos e controle da pesca na região de Parintins. O conhecimento dos animais disponibilizados nas feiras pode ser úteis para futuros projetos que visem o desenvolvimento sustentável.

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    Palavras-chave

    Amazônia; biodiversidade; pesca; manejo; segurança alimentar.

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