COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO NO MUNICÍPIO DE CHAPADINHA, REGIÃO LESTE DO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

A qualidade de vida têm sido um dos tópicos mais evidentes na população mundial, com a elevação da procura por fontes de proteína animal saudáveis, como o pescado. Nesse contexto, o presente estudo buscou caracterizar a comercialização no Mercado Municipal de Chapadinha, leste Maranhense. Para atingir essa finalidade, foram realizadas entrevistas semiestruturadas que exploraram a origem dos peixes e aspectos quali-quantitativos das espécies comercializadas no período de setembro de 2017 a setembro de 2019. A partir da análise dos dados coletados do pescado comercializado, observou-se que a média mensal da biomassa ofertada foi de 15.181,7 kg±2.825,9 kg, enquanto a média mensal da biomassa comercializada foi de 11.448,1 kg±1.519,9 kg. Em contrapartida, a média mensal da biomassa não comercializada foi de 3.733,6 kg, o que representou aproximadamente 24,5% da biomassa ofertada, com maior valor no mês de novembro. Foram registrados 65 morfotipos de peixes pertencentes a 27 famílias distribuídas em nove ordens, destas, Characiformes e Siluriformes foram os de maior riqueza. As espécies mais frequentes foram o tambaqui (50%) e o piau de coco (13%). O comércio do pescado sem conservação foi predominante (51,9%), seguido do pescado conservado e exposto em gelo (42,2%). A oferta e diversidade de peixes no mercado municipal de Chapadinha são influenciadas por aspectos culturais e período de defeso, dessa forma, possivelmente os pescados produzidos em pisciculturas tiveram importância para o suprimento das demandas do MMCHA.