CLOSTRIDIUM PERFRINGENS EM ANIMAIS SILVESTRES: UMA REVISÃO DE LITERATURA



CLOSTRIDIUM PERFRINGENS EM ANIMAIS SILVESTRES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Felipe Masiero Salvarani
Hanna Gabriela da Silva Oliveira
Cleideanny Cancela Galvão

01/06/2021
96-110
8
Clostridium perfringens como agente patogênico em espécimes silvestres ainda é muito pouco estudado e relatado, assim como o papel dos animais silvestres como reservatório desses agentes bacterianos, sendo que C. perfringens é responsável por uma série de patologias de consideráveis impactos e prejuízos em animais domésticos. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi reunir numa revisão de literatura os conhecimentos já estabelecidos sobre a temática, descrevendo os principais quadros patológicos, sinais clínicos, achados histopatológicos, métodos diagnósticos e tratamentos utilizados em animais da fauna silvestre com suspeita de infecção ou intoxicação por C. perfringens. Para isso realizou-se um estudo descritivo analítico, por meio de pesquisa bibliográfica, com auxílio de publicações científicas especializadas e indexadas, utilizando-se plataformas digitais de acesso como Portal Capes, British Veterinary Association, Research Gate, PubMed, Science Direct, NCBI, Scielo e BioOne. De acordo com o material analisado pode-se inferir que C. perfringens tipo A foi o toxinotipo mais diagnosticado nos casos clínicos em animais silvestres, sendo os quadros entéricos os mais comuns, associados a detecção dos genes cpb2 e cpe, sendo considerados possíveis fatores de virulência bacteriana. Além disso a avaliação in vitro da susceptibilidade antimicrobiana frente a isolados de C. perfringens demonstrou ser uma ferramenta útil para o médico veterinário no direcionamento da terapêutica. No entanto também se contata a necessidade urgente de mais estudos para esclarecer o real papel de C. perfringens como apenas comensal ou agente patogênico nas espécies silvestres, além de também determinar a participação dos animais silvestres como possíveis hospedeiros reservatórios na disseminação dessas bactérias para animais domésticos, de produção e até mesmo humanos, podendo representar risco zoonótico.
Ler mais...Clostridium perfringens, toxinotipos, toxina alfa, toxina beta, toxina épsilon, toxina iota, gene cpb2, gene cpe, quadros entéricos, potencial zoonótico.
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