CASOS CONFIRMADOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS NO PERÍODO DE 2008 A 2017
CASOS CONFIRMADOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS NO PERÍODO DE 2008 A 2017
Fernanda Novaes Silva
Wlyana Lopes Ulian
Alice Hermes Sousa de Oliveira
Eduardo Henrique dos Santos Maia
Caio Vitor de Miranda Pantoja
João Paulo Mota Lima
Fernando Ferreira Freitas Filho
Joyce Ruanne Corrêa da Silva
Jessica Rayanne Corrêa da Silva
Hipócrates de Menezes Chalkidis
10/09/2020
526-536
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Introdução: Os acidentes com animais peçonhentos vêm se tornando cada vez mais frequentes na América Latina. Nesse viés, a mesorregião do Baixo Amazonas, no noroeste do estado do Pará, interior da Amazônia, apresenta grande quantidade de casos notificados devido à confluência de ecótonos, ocupação urbana desordenada e expansão do agronegócio, reduzindo o habitat dessas espécies. Objetivo: Analisar os casos confirmados de acidentes por animais peçonhentos na mesorregião do Baixo Amazonas, Pará. Método: Estudo descritivo, feito com base em dados recolhidos do SINAN presentes no DATASUS, relativos ao período de 2008 a 2017 da região do Baixo Amazonas, dispostos e analisados no programa Microsoft Office Excel 2007. Resultados: No período analisado, foram notificados no SINAN 12863 casos de acidentes por animais peçonhentos na região do Baixo Amazonas, onde o maior número registrado ocorreu no ano de 2013, 1456 casos (11,31%) e o menor em 2008, 1081 casos (8,40%). Além disso, percebeu-se um aumento de 22,14% no número de casos entre os anos de 2010 a 2013, um decréscimo de 22% entre 2014 a 2016, com conseguinte aumento de 14,51% entre 2016 e 2017. Ademais, a faixa etária mais atingida, foi a de 20 a 39 anos (37,45%) - período de maior produtividade laboral – seguido de 40 a 59 anos (23,97%) e de 15 a 19 anos (11,16%). Outrossim, o tipo de acidente mais comum foi o ofídico (47,92%), seguido dos escorpionicos (40,58%). Conclusão: Assim, apesar do leve aumento do número de notificações entre os anos de 2010 a 2013 e 2016 a 2017, foi vista uma melhora no número de casos entre 2014 e 2016, visto o decréscimo de 22%. Percebeu-se também, um leve aumento de 14,96% do número de casos da faixa etária mais afetada entre 2016 e 2017, assim como uma diminuição de 16,45% no número de acidentes por serpentes entre 2015 e 2017. Entretanto, acredita-se que ainda existam muitas subnotificações na região analisada, por se tratar do interior do estado, na região amazônica, principalmente nas áreas mais precárias e afastadas da capital.
Ler mais...Acidentes; Animais peçonhentos; Baixo Amazonas; Pará; Amazônia.
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