CARTOGRAFIA DOS CAMINHOS: ENTRE TRAJETOS E NARRATIVAS SOBRE AS FORMAÇÕES URBANAS MINEIRAS NOS SÉCULOS XVIII-XIX E OS CAMINHOS HISTÓRICOS INDÍGENAS

Verifica-se nas narrativas produzidas sobre ocupação do Brasil a perpetuação da historiografia urbana face a uma abordagem territorial e autóctone. A sobreposição do discurso europeu, urbano versus as narrativas territoriais dos povos originários desde o período histórico indígena, são práticas que insistem na tábula rasa. Nas pesquisas sobre formação de cidades é pouco discutida a relação entre os caminhos históricos indígenas em sua relação com a estruturação espacial das redes urbanas. Este artigo salienta levantamentos realizados durante processos e trocas em pesquisa num recorte em Minas Gerais focado na Comarca do Rio das Mortes, via estudos historiográficos, imagéticos e iconográficos publicado originalmente nos anais e apresentado no XIX ENANPUR. Entendemos que a inserção da questão indígena, frequentemente invisibilizada nos estudos urbanos e regionais mineiros, têm muito a contribuir com estudos morfológicos e urbanos numa perspectiva decolonial, inter e transdisciplinar, oferecendo outras leituras e análises históricas e espaço-temporais.