CARACTERIZAÇÃO DE UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA AO LONGO DE 30 ANOS DE MONITORAMENTO

As florestas nativas, em função da rica biodiversidade que abrigam, possuem importância significativa na provisão de serviços ecossistêmicos. Dessa forma, conhecer a dinâmica, estrutura, composição e potenciais destes ambientes é de suma relevância. Assim, nosso estudo teve como objetivo avaliar o comportamento da vegetação de um fragmento de Mata Atlântica ao longo de 30 anos de mensuração. A área de estudo, com vegetação predominante de Floresta Estacional Semidecidual Montana, é conhecida como “Matinha da UFLA” (Universidade Federal de Lavras). No passado, a área era explorada e hoje é tida como área de preservação permanente da instituição. O remanescente florestal é considerado como um laboratório natural, sendo fonte para o desenvolvimento de diversos trabalhos científicos. Para o nosso estudo, realizamos a descrição sobre o isolamento do fragmento como área de preservação permanente e procedemos com a caracterização da vegetação. Nossas análises incluem a caracterização da florística e estrutura da floresta, estimativa da área basal e biomassa acima do solo. A área basal, ao longo dos 30 anos de mensuração, variou entre 19,35 m2/ha a 24,63 m2/ha. A biomassa acima do solo variou entre 131,47 Mg/ha e 184,41 Mg/ha. A área apresenta uma diversidade de espécies importantes, sendo muitas destas pertencentes à família Fabaceae e Annonaceae. A partir das nossas análises e resultados, podemos inferir que, apesar da pequena dimensão, o remanescente possui papel fundamental para a conservação das características de um dos principais domínios brasileiros, a Mata Atlântica.