CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DO CAFÉ ORIUNDA DO PROCESSAMENTO ÚMIDO DOS GRÃOS

O café é um dos produtos agrícolas de maior importância econômica no agronegócio brasileiro. Durante o beneficiamento dos grãos, são gerados resíduos, os quais são dispostos de formas inadequadas no meio ambiente. O processamento úmido do café gera grandes volumes de águas residuárias ricas em materiais orgânicos e inorgânicos com alto poder poluente, além de uma grande quantidade de sólidos sedimentáveis, açúcares, compostos fenólicos, elevada demanda química de oxigênio (DQO) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Visando encontrar uma alternativa ambientalmente adequada e econômica industrialmente, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a água residuária do café (ARC). A água residuária do processamento úmido do café (Coffea arábica L.) utilizada no experimento foi obtida na Fazenda Experimental da EPAMIG, localizada na cidade de Três Pontas – MG. Realizou-se as seguintes análises físico-químicas: DBO520ºC, DQO, sólidos totais, sólidos voláteis totais, sólidos dissolvidos, sólidos suspensos, macronutrientes (P, K, Ca, Mg, S) e micronutrientes (Cu, Fe, Zn e Mn), oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica, umidade, extrato etéreo, cinzas, açucares totais, compostos fenólicos, turbidez, pectina total e pectina solúvel. Observou-se que a água residuária do café é um substrato com potencial para o processo fermentativo, uma vez que apresenta altos teores de carboidratos e demais nutrientes.