BOLAS DE SEMENTES COM REJEITO DA BARRAGEM DE FUNDÃO: UMA INOVAÇÃO NA RESTAURAÇÃO FLORESTAL DAS ÁREAS ATINGIDAS NA REGIÃO DE MARIANA, MG

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de bolas de sementes como técnica alternativa para a restauração florestal de áreas atingidas pelo rejeito da barragem de Fundão. Para tanto, foram confeccionadas bolas que diferiam de acordo com o substrato – rejeito, composto orgânico, argila e fino de carvão, e também pelo diâmetro utilizado – 3 e 6 cm. Assim, os tratamentos utilizados foram: R3: Rejeito (bola de 3 cm de diâmetro), R6: Rejeito (6 cm), RCO3: Rejeito + Composto Orgânico (3 cm), RCO6: Rejeito + Composto Orgânico (6 cm), RCA3: Rejeito + Argila (3cm), RCA6: Rejeito + Argila (6 cm), RFC3: Rejeito + Fino de Carvão (3 cm) e RFC6: Rejeito + Fino de Carvão (6 cm). Dentro de cada bola foram adicionadas 20 sementes de espécies arbóreas nativas de ocorrência na bacia do rio Doce, sendo 5 de cada uma das quatro espécies utilizadas. As bolas de sementes foram mantidas em estufa no viveiro da Universidade Federal de Viçosa, sendo monitoradas semanalmente quanto a germinação das sementes até 100 dias após a montagem do experimento. Foram contabilizadas um total de 540 sementes germinadas, pertencentes às quatro espécies e aos oito tratamentos. Constatou-se que as bolas de menores diâmetros obtiveram melhores taxas de germinação em comparação aos seus pares de substratos. Além disso, os maiores valores médios de germinação foram alcançados por RFC3. Nesse contexto, a técnica de bolas de sementes se mostrou uma alternativa viável para restauração das áreas atingidas por rejeito.