BIOIMPRESSÃO 3D COMO SOLUÇÃO PARA A REDUÇÃO DAS FILAS DE ESPERA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Nos últimos anos foi registrado um aumento nas filas de espera de transplantes de órgãos, principalmente em decorrência da pandemia da COVID-19. À vista disso, o presente artigo visa fundamentar a possibilidade da utilização da bioimpressão 3D como recursos para diminuir a demanda supracitada. Para isso, utilizou-se da metodologia de revisão sistemática de literatura para elencar os artigos mais relevantes na área, permitindo que fosse realizada uma análise profunda com relação à viabilidade e às perspectivas da bioimpressão 3D na construção de órgãos para transplantes. Logo, foi descrito sobre a área de estudo de engenharia de tecidos, cuja bioimpressão deriva como principal inovação nos últimos anos, sobre os diferentes processos de bioimpressão e seus funcionamentos, vantagens e limitações e, ainda, ilustrados os exemplos de resultados já alcançados e que surtiram maiores impactos na área da Bioimpressão 3D. Por conseguinte, foi evidenciado que órgãos mais simples já foram transplantados com sucesso como a bioimpressão e transplante de uma orelha, contudo ainda há carência de tecnologias que permitam a construção de órgãos mais complexos. Por fim, constata-se que é necessário aprofundamento de pesquisas e estudos na área de produção de tecidos de alta complexidade em escala compatível com a humana, os quais necessitam de uma grande rede de vascularização e inervação, exigência que ainda permanece como um desafio no contexto da Bioimpressão 3D de órgãos humanos.