ANALISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS DISCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA), CAMPUS CAPANEMA

Objetivo: O trabalho teve como objetivo descrever o perfil socioeconômico dos discentes do curso de ciências contábeis da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Métodos: O estudo foi realizado na UFRA, campus de Capanema, município com papel estratégico no desenvolvimento regional. A pesquisa, de abordagem mista (qualitativa e quantitativa), baseou-se em revisão bibliográfica e na aplicação de questionário estruturado a 121 discentes do curso de Ciências Contábeis, com o objetivo de analisar seu perfil socioeconômico. Resultados: A análise do perfil socioeconômico dos estudantes abordou variáveis como gênero, faixa etária, escolaridade, estado civil, composição familiar, município de origem, semestre, meios de transporte, situação laboral e renda. A maioria dos respondentes é do sexo feminino (64,55%), possui entre 18 e 25 anos (70,59%) e tem ensino superior incompleto (87,96%). O estado civil predominante é o de solteiro (81,82%), e a maioria vive em famílias compostas por 3 a 4 pessoas (55%). No que diz respeito à assistência social, 13,22% dos discentes recebem algum benefício do Governo Federal, sendo 90% beneficiários do Bolsa Família e 10% do Seguro Desemprego. Já entre os auxílios fornecidos pela UFRA, destacam-se o de: alimentação (50%), bolsa acadêmica (33,33%) e moradia (16,67%). Os dados reforçam a importância das políticas de inclusão e permanência estudantil, considerando os múltiplos desafios enfrentados pelos alunos, especialmente os de baixa renda. O estudo sugere que a ampliação dos auxílios financeiros pode reduzir a evasão e melhorar o desempenho acadêmico dos discentes. Conclusão: A maioria dos alunos da UFRA/Capanema é do próprio município, concentrados nos semestres iniciais. Muitos utilizam transporte próprio, têm renda de até três salários mínimos ou nenhuma, e conciliam trabalho com os estudos. Poucos recebem benefícios federais, sendo os auxílios institucionais mais comuns os de alimentação, bolsa e moradia. Os dados revelam vulnerabilidade socioeconômica e indicam a necessidade de políticas de apoio à permanência estudantil.