ANÁLISE DA SOBREVIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS NA PRÉ E NA PANDEMIA DE COVID-19 EM UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO



ANÁLISE DA SOBREVIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS NA PRÉ E NA PANDEMIA DE COVID-19 EM UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO
Pedro Felipe Couto Vieira
Jackeline Christiane Pinto Lobato
Carla Cristina Pedrosa De Lira Morais
Rômulo Gonçalves Galvani
Marina Vieira Agostinho Pereira
Amanda De Moura Souza

30/09/2024
31-48
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Introdução: A pandemia de covid-19 alterou a dinâmica de conservação dos enxertos e de realização dos transplantes de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH) alogênicos o que pode ter afetado a sobrevida dos pacientes. Objetivo: Analisar a sobrevida dos pacientes pós-TCPH imediato (100 dias pós-TCPH) segundo exposição aos diferentes tipos de transplantes e fontes de enxerto, na pré-pandemia e na pandemia de covid-19. Método: Estudo de coorte retrospectiva retrospectivo de base hospitalar com 246 pacientes que realizaram TCPH em hospital de referência no município do Rio de Janeiro entre janeiro/2016 e dezembro/2021. Os métodos de log rank e Kaplan Meier foram utilizados para estimar as funções de sobrevida de pós-TCPH imediato. Resultados: A taxa de mortalidade foi ligeiramente superior na pandemia quando comparada à pré-pandemia (10,1% vs. 8,8%). O enxerto mais utilizado em todo o período estudado foi medula óssea (MO, com 85%). Porém, na pandemia, 50,5% das coletas alogênicas foram realizadas utilizando o sangue periférico mobilizado (SPM). Oito por cento dos enxertos criopreservados não foram infundidos. Não foram observadas diferenças na sobrevida entre pacientes que utilizaram SPM como fonte de enxerto em relação à MO. Conclusão: Os tipos de enxerto e as fontes de transplantes não influenciaram a sobrevida dos pacientes em ambos os períodos. A criopreservação se apresentou como uma ferramenta importante para superar os desafios logísticos ligados à pandemia de covid-19, porém, um percentual relevante de enxertos criopreservados não foram utilizados. Assim, é necessário que os centros transplantadores voltem a realizar TCPH com produtos frescos, reduzindo o percentual de inutilização dos enxertos.
Ler mais...COVID-19; transplante de medula óssea; criopreservação; sobrevida.
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE: INTEGRANDO SABERES EM DIFERENTES CONTEXTOS - VOLUME 7
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