ANAFILAXIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A anafilaxia consiste em uma reação de hipersensibilidade sistêmica, potencialmente fatal, de início agudo e evolução rápida, desencadeada pela exposição a vários agentes etiológicos que cursa com a liberação imediata de histamina e outros mediadores de mastócitos e basófilos. Dentre os fatores desencadeantes, destacam-se alimentos, medicamentos, veneno de insetos himenópteros (abelhas, vespas, formigas) e látex, sendo que na infância, a etiologia mais frequente está associada a antígenos alimentares, enquanto em adultos drogas e veneno de himenópteros são mais comuns. No entanto, nem sempre o fator desencadeante é identificado e nesses casos, classifica-se em anafilaxia idiopática. O desenvolvimento das manifestações clínicas pode ocorrer em segundos a minutos até horas após a exposição ao agente causal, variando entre reações leves, graves e até mesmo fatais. A anafilaxia representa uma emergência médica que exige diagnóstico precoce, atendimento rápido e correto. O diagnóstico é eminentemente clínico, através de anamnese bem detalhada, sendo necessário que o profissional apresente conhecimento adequado para reconhecer os diversos sinais e sintomas que o paciente pode apresentar. São fundamentais no manejo do paciente, além da remoção do fator desencadeante, o posicionamento do paciente em posição de Trendelenburg e a administração rápida de adrenalina. Esse capítulo tem como objetivo disseminar uma visão integrada sobre anafilaxia, abordando desde o conceito até o manejo, para estudantes e profissionais da saúde a fim de evitar o tratamento inadequado e consequências fatais.