AGRICULTURA E AS TERRAS DE FLORESTA DA AMAZÔNIA DO SÉCULO XIX



AGRICULTURA E AS TERRAS DE FLORESTA DA AMAZÔNIA DO SÉCULO XIX
Francivaldo Nunes

31/08/2022
223-233
14
A associação entre a cobertura vegetal e a fertilidade do solo é comum nos debates sobre a atividade agrícola no Brasil. Na Amazônia, tornaram-se costumeiros os discursos das autoridades provinciais, durante as últimas décadas do Segundo Reinado, de evocação da exuberância da mata e da relação com a capacidade produtiva do solo. Chegava-se inclusive a dizer que o agricultor nessas bandas do Brasil não se preocuparia com os trabalhos de adubagem das terras, pelo contrário, lutaria em combater a superabundância da vegetação, consequência da fertilização natural das terras de floresta. Atento aos debates que envolveram agricultura e as áreas florestais na província do Pará, nossa proposta é analisar os discursos em torno dos programas de colonização como projeto de gestão da população, que envolvia o adensamento e “elevação civilizatória” dos hábitos dos agricultores locais. Nesse caso, tal política é entendida sob dois aspectos: o povoamento das regiões de pequena densidade populacional e a constituição de hábitos que possibilitasse a utilização de novas técnicas de cultivo e consequentemente assegurasse o maior aproveitamento das terras e recursos florestais.
Ler mais...Agricultura, Colonização, Modernidade.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional .
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.