ACHADOS SISTÊMICOS E ODONTOLÓGICOS NA SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS: UMA REVISÃO NARRATIVA
ACHADOS SISTÊMICOS E ODONTOLÓGICOS NA SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS: UMA REVISÃO NARRATIVA
Alidianne Fábia Cabral Cavalcanti
Alessandro Leite Cavalcanti
31/07/2021
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A síndrome congênita do zika vírus engloba um conjunto de manifestações clínicas e neurológicas, com níveis de severidade variados, afetando o desenvolvimento geral da criança. Nesse agravo, a microcefalia configura o sinal clínico mais evidenciado, quer seja ele diagnosticado ao nascimento ou verificado a posteriori. Além da desproporção craniofacial, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, anormalidades visuais, auditivas e motoras são achados comuns, embora manifestados em diferentes graus de complexidade. No tocante aos aspectos odontológicos, alterações orais e maxilofaciais têm sido relatadas. Entre essas, a hipotonia da musculatura orofacial e a consequente ausência de selamento labial estão associadas ao escape alimentar e à projeção anterior da língua, a qual apresenta, com frequência, seu freio encurtado. O palato mostra-se arqueado e há atraso na erupção dos dentes decíduos, processo que é acompanhado por desconfortos físicos e psicológicos importantes. Defeitos na estrutura do esmalte também foram identificados. Face à presença desses achados estomatológicos, o cirurgião-dentista necessitará de conhecimentos específicos para que estabeleça atividades de promoção e educação em saúde bucal, assim como um manejo individualizado da criança. Paralelamente, deve ser enaltecida a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar na assistência às crianças e suas respectivas famílias.
Ler mais...Anormalidades congênitas, Infecção pelo Zika vírus, Odontologia, Saúde Bucal.
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