A PROMESSA DA PROSPERIDADE EM UMA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO LITERÁRIO E CULTURAL DO MOVIMENTO DA FÉ: UM GUIA VISUAL E MULTIDISCIPLINAR



A PROMESSA DA PROSPERIDADE EM UMA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO LITERÁRIO E CULTURAL DO MOVIMENTO DA FÉ: UM GUIA VISUAL E MULTIDISCIPLINAR
Carlos José Viana Junior
Bruna Carla Leite Viana

30/10/2024
7-30
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Neste capítulo, apresentamos reflexões acerca da Teologia da Prosperidade como um movimento religioso que conecta a fé cristã à obtenção de riqueza e saúde. Originado no século XX, o movimento encontrou em figuras como Essek William Kenyon e Kenneth Hagin seus principais expoentes. Ao longo das décadas, essa doutrina se infiltrou em várias vertentes do cristianismo, especialmente no neopentecostalismo, encontrando terreno fértil no Brasil. A partir de uma leitura particular das Escrituras, a Teologia da Prosperidade promete bênçãos materiais e físicas aos seus adeptos como resultado de uma fé ativa e confissões positivas. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar as origens históricas e filosóficas da Teologia da Prosperidade, bem como sua evolução e impacto no contexto do neopentecostalismo brasileiro. Busca-se explorar os pilares fundamentais dessa doutrina, incluindo a Confissão Positiva, a dinâmica entre fiel e líder religioso, e a premissa de que doações financeiras são necessárias para se alcançar prosperidade. A análise visa contribuir para o debate acadêmico, oferecendo uma compreensão aprofundada e crítica sobre como esse movimento tem influenciado práticas e doutrinas religiosas no Brasil. Metodologia: A pesquisa adotou uma abordagem multidisciplinar, combinando análises teológicas, sociológicas e históricas. Foram examinados textos fundamentais da Teologia da Prosperidade, discursos de seus principais líderes e práticas observadas em igrejas neopentecostais brasileiras. A análise teológica focou na interpretação das Escrituras proposta pelo movimento, enquanto a perspectiva sociológica investigou o impacto nas comunidades de fé e a relação entre líderes e seguidores. A abordagem histórica permitiu traçar a evolução do movimento e sua adaptação ao contexto brasileiro. Conclusão: Os resultados da análise revelam que a Teologia da Prosperidade, embora vista por seus defensores como uma expressão legítima da fé cristã que empodera os crentes a reivindicar promessas divinas, é criticada por distorcer as Escrituras e promover uma visão materialista da fé. O movimento tem exercido uma influência significativa no protestantismo brasileiro, moldando práticas e doutrinas de várias denominações. Contudo, levanta sérias questões éticas e teológicas, especialmente no que diz respeito à manipulação da fé para obtenção de ganhos financeiros. Este estudo contribui para a literatura acadêmica ao oferecer novas perspectivas sobre a Teologia da Prosperidade e seu florescimento em diferentes contextos culturais. Em termos práticos, os insights fornecidos podem auxiliar líderes religiosos, educadores e teólogos a enfrentarem as complexidades desse movimento, promovendo uma fé mais equilibrada e fundamentada biblicamente.
Ler mais...confissão positiva; Edir Macedo; impacto sociocultural; Kenneth Hagin; teologia da prosperidade.
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