A PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR PNEUMOCONIOSE NO BRASIL ENTRE 2010-2019

Objetivos: Analisar as taxas de internação e óbitos por pneumoconiose em um período de dez anos em todas as regiões do Brasil. Métodos: Estudo descritivo de corte transversal referente ao período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. Os dados coletados foram retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), referentes à morbidade hospitalar por local de internação e o número de óbitos que ocorreram por ano devido à pneumoconiose, segundo região. Resultados: Entre 2010 e 2019 o Brasil teve um total de 5.451 internações por pneumoconiose. Dentre as regiões analisadas, aquela com o maior número de internações no período em questão foi a região Sudeste, com um total de 1.860. Tal valor equivale a 34,12% da totalidade de hospitalizações. As regiões com as menores taxas foram Norte e Centro-Oeste, com 466 e 771 internações, respectivamente. Quanto ao número de óbitos, a pneumoconiose por poeira que contém sílica foi a maior causadora dos óbitos, totalizando, 1.265 óbitos. Conclusão: A região Sudeste concentra a maior parte das internações, o que reflete maior exposição aos compostos desencadeantes da doença, que é relacionada à economia regional. A predominância de mortes por silicose quando comparada às outras etiologias teve destaque, pois as empresas que trabalham com a sílica são grandes detentoras de indústrias extrativistas Brasileiras. Através da análise dos dados, constata-se que são necessárias ações de controle e prevenção das doenças respiratórias no ambiente de trabalho, já que as pneumoconioses representam um considerável problema da saúde pública nacional.