A INFLUÊNCIA DAS MÚLTIPLAS ESCALAS DE TEMPO E CLIMA NA DENSIDADE DE MOSQUITOS VETORES NA AMAZÔNIA ORIENTAL

O clima na Amazônia vem se alterando pelas atividades antrópicas fazendo com que a proliferação de insetos, responsáveis pela disseminação de doenças, seja influenciada pela variabilidade do clima. Neste contexto, este estudo buscou analisar a influência das condições climáticas correlacionadas com as endemias na disseminação das patologias de Dengue (DNG), Malária (MAL) e a Leishmaniose tegumentar americana (LTA) de modo espaço-temporal, para isso foram utilizadas informações meteorológicas obtidas em floresta primária e no BDMET/INMET, os índices climáticos de Oscilação Sul e do Modo Meridional do Atlântico, no site da NOAA e os dados de morbidades no site SAGE/MS. Os resultados mostram estatísticas elaboradas entre o clima, MAL, DNG e a LTA que afetaram a região durante o período de 2001 a 2017. A variabilidade climática demonstra elevação (por década) em seus níveis, com redução nos índices de umidade do ar, mostrando que as mudanças no uso e cobertura do solo promovem alterações no clima, com maior influência do indicador do pacífico por sobre as chuvas da região. As análises estatísticas entre a variabilidade do clima com a densidade dos mosquitos e as endemias apresentam uma correlação não linear. Os autovetores indicam que as variáveis que mais influenciaram nas endemias foram a temperatura do ar e a chuva. Diante desse cenário, concluímos que a região apresentou significativa variação nos índices climáticos, concorrendo para elevações nos índices de temperatura média do ar, em florestas primárias, provocando aumento significativo na densidade de mosquitos vetores, tendendo a elevar o número de morbidades na região.