A EVOLUÇÃO DO ESTRESSE: CORTISOL, BURNOUT E OS DESAFIOS DA ADVOCACIA CONTEMPORÂNEA

Este trabalho tem por objetivo investigar a relação entre estresse ocupacional e a síndrome de burnout no contexto jurídico, com ênfase nos advogados, analisando os fatores de risco, impactos e estratégias de mitigação. Por meio de revisão bibliográfica, foram examinados estudos nacionais e internacionais sobre estresse, cortisol e burnout, com foco nos desafios específicos enfrentados pela advocacia contemporânea. Também foram analisados dados legislativos e jurisprudências sobre o reconhecimento legal do burnout no Brasil. O estudo destaca que o ambiente jurídico, marcado por alta exigência emocional, prazos rígidos e cultura de presenteísmo, eleva significativamente os níveis de estresse entre advogados. O excesso de cortisol, decorrente do estresse crônico, contribui para impactos físicos, como hipertensão e distúrbios do sono, e psicológicos, como ansiedade e depressão. Estratégias institucionais, como flexibilização de horários e suporte psicológico, combinadas com práticas individuais, como mindfulness e técnicas de gestão, mostraram-se eficazes na prevenção e manejo do burnout. Pode-se concluir que a síndrome de burnout é uma questão de saúde pública, especialmente na advocacia. A implementação de políticas organizacionais integradas e o engajamento das instituições de classe são essenciais para promover um ambiente jurídico saudável, garantindo a qualidade de vida dos profissionais e a eficiência dos serviços jurídicos.