A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – A CRIAÇÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: UMA EDUCAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO OU PARA A VIDA

O presente trabalho tem por objetivo analisar a educação técnica e profissionalizante como possibilidade de resposta para os desafios de uma educação contemporânea. Dentro outros aspectos procuramos abordar a matriz dos Institutos Federais e sua contribuição para uma educação cuja principal referência seja o ser humano, e esse dentro de uma perspectiva social, econômica, cultural, política. A partir de uma análise bibliográfica tentamos mostrar de como uma formação ampla dos estudantes possibilita uma boa orientação educacional, principalmente quando esta tem por objetivo, além de resolver os problemas pedagógicos e de aprendizagem, uma orientação profissional. O desafio é pensar uma educação que pense e articule os arranjos locais e regionais para um desenvolvimento mais igualitário e menos refém das grandes corporações e tecnologias, ou seja, pensar a formação profissional não como mera transferência de conhecimentos, mas sim uma formação que articule educação com política e economia. Acreditamos que a implantação da Rede Federal proporcionou um grande avanço como política pública, inclusão social e educação profissional, uma vez que a mesma se propôs a sair dos grandes centros brasileiros e articular o tripé característico do ensino superior já na educação básica, que são o ensino, a pesquisa e a extensão. Os resultados mostram que esse novo modelo de educação profissional e tecnológica visa uma formação mais completa, crítica e emancipatória para nossos estudantes, ao mesmo tempo em que nas suas instituições se preza pela autonomia e autogestão, viabilizando os arranjos locais e o desenvolvimento regional.