A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA: PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES COMO FERRAMENTAS NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS

As doenças hepáticas correlacionadas ao acúmulo de gordura e não alcoólicas vêm aumentando exponencialmente nas últimas décadas, tornando-se um sério problema de saúde públicas. Independente da idade ou da etnia, essas patogenias, também conhecidas por esteatose ou fígado gordo vêm se tornando cada vez mais recorrentes devido a diversidade de agentes etiológicos que variam de maus hábitos alimentares, obesidade, disfunções metabólicas como o diabetes e a presença de contaminantes ambientais, que alteram a homeostase dos organismos e favorece o acúmulo de lipídeos no fígado. Aliado a isso, a falta de opções medicamentosas para o tratamento dessa anomalia, faz com que as opções terapêuticas se concentrem na mudança de estilo de vida pelo paciente, que nem sempre é eficaz. Portanto, faz-se necessário a elucidação de particularidades mecanísticas, em nível celular e molecular que subsidiem o desenvolvimento de novos fármacos e para isso, modelos alternativos, como a cultura de células hepáticas em condições in vitro, vêm se tornando uma grande aliada. Nesse estudo abordamos, importantes aspectos dos processos biológicos que devem ser explorados para o desenvolvimento de novas opções farmacológicas no controle das doenças do fígado gordo.